A cada nova temporada, a moda apresenta uma cor que traduz os sentimentos do momento. E entre as apostas mais delicadas e sofisticadas de 2025 está o tom amarelo manteiga. Suave, cremoso e ao mesmo tempo leve, esse tom pastel ilumina sem exageros e transmite uma sensação de frescor e naturalidade.

Muito mais do que uma variação do amarelo tradicional, o amarelo manteiga carrega consigo a estética do conforto visual. Ele aparece em vestidos fluidos, blusas românticas, saias com babados e até em alfaiataria moderna. É uma cor versátil, que se destaca em looks monocromáticos ou em combinações com lavanda, areia e branco.

Nas passarelas, marcas como Chloé e Jacquemus trouxeram peças em amarelo manteiga como proposta para um verão elegante e acolhedor. No street style, já se nota o uso dessa tonalidade em acessórios e calçados, provando que ela pode estar presente do look mais casual ao mais refinado.

Para quem desenha moda, o amarelo manteiga é um convite à criação de croquis com uma pegada romântica, leve e feminina. É também uma excelente aposta para coleções cápsula, editoriais e até identidades visuais que buscam representar suavidade e delicadeza.

Tatiana Nunes

A arte sempre foi uma grande aliada da moda. E quando o design moderno da Bauhaus se encontra com a liberdade criativa da moda praia, o resultado é surpreendente. Essa foi a proposta do meu novo projeto de croquis: desenvolver peças de moda praia inspiradas no icônico berço da Bauhaus criado por Peter Keler em 1922. Criei um Projeto de Coleção no segmento de Moda Praia com desenhos de moda inspirados no berço Bauhaus que parece um porta-revistas com formas geométricas puras, como círculos e triângulos, é considerado um símbolo do design racional, funcional e estético da Bauhaus. Suas cores primárias — vermelho, amarelo e preto — e o equilíbrio entre forma e função me inspiraram a criar biquínis e maiôs com recortes estratégicos, blocos de cor e simetria visual.

Nos meus croquis, explorei a geometria como linguagem estética. Usei triângulos nos decotes e laterais dos maiôs, círculos nas alças ou detalhes das peças, e distribui os blocos de cor de forma harmoniosa, respeitando os princípios do movimento artístico. Essa coleção conceitual é um exercício criativo entre arte, moda e design. Ideal para marcas autorais, campanhas editoriais e até desfiles com apelo artístico, ela prova que é possível transformar objetos de design em roupas inovadoras e expressivas. A moda praia inspirada na Bauhaus é, acima de tudo, uma afirmação: vestir-se também pode ser um ato de arte.

Tatiana Nunes