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segunda-feira, dezembro 12

Moda anos 1970-1990

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Anos 1970

Na moda dos anos 70 usou-se de tudo, no início da década os hippies foram uma grande influência. O uso de jeans e calças militares usadas com enormes bocas de sino, tachinhas, bordados e muitos brilhos, estilo Liberty (padronagens com mini flores) adornados com bordados eram usados tanto nas roupas como nas bolsas. 


Estilo apache, estilo safári, colares de contas miçangas, bijuterias étnicas, saias e calças de cintura baixa com cintos largos ou de penduricalhos, estampas florais e psicodélicas, roupas artesanais, bolsas de crochê ou com franjas com alças a tiracolo, botas de camurça e sandálias de plataforma. Para as mulheres, a moda passou a ser romântica e despojada, com cabelos desalinhados, batas, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana.


O "paz e amor" foi cedendo espaço à moda disco que aqui no Brasil atingiu seu ápice com a novela Dancing Days, onde roupas cintilantes e as meias lurex dão o tom da nova onda disco que invade o planeta, desde as roupas, maquilagens, perucas e adereços. 


A moda glitter também emplacou de forma futurista, metálica e andrógina, como também os estilos black power, woodstock e Jackson Five com muitas cores e brilhos. 


Para os homens, nada como John Travolta em “Os Embalos de Sábado à Noite” de terno branco, calça boca de sino e golas enormes e pontudas.

Anos 1980


Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. A New Wave (nova onda - em inglês), inspirou basicamente na onda da geração saúde e da febre da ginástica aeróbica, onde o uso de roupas de ginástica (lycra, sapatilha, polaina) no cotidiano, combinadas a roupas excêntricas e exageradas, com cores cítricas, estampas de animais e sobre tudo muito alegres, foi sem dúvida o grande marco na moda da época.


Com todo o avanço tecnológico, a moda oitentista se baseou em tudo que era novo, moderno e eletrônico. O surgimento do stretch (elastano) dava um ar futurista às roupas, mesmo assim, várias pessoas aderiam aos brechós procurando a moda do armário da "vovó". Os cabelos aderiram um corte assimétrico, com franjas repicadas (o chamado cabelo estaqueado), muitos usavam com gel e com um topete tão alto quanto conseguiam. A tintura com cores exóticas e marcantes se tornou mais frequente entre os jovens.


O jeans alcança seu ápice ganhando status, os shoppings tornaram-se paraíso dos consumistas e a juventude trouxe de volta o que já era considerado “velho”: roupas sob medida e vestidos de baile, os anos 80 seguem o charme e a sofisticação dos anos 60, porém com certo exagero. Com o uso de calça baggy e semi-baggy, sandália de plástico (Melissinhas em geral), ombreiras, manga morcego, saia balonê, legging, batom 24 horas (não saía da boca nem com sabão), sapato scarpin, cores ácidas, mochilas e carteiras emborrachadas, tule no cabelo (laço da viúva Pocina), faixas na test, Gel New Wave, polainas, relógio Champion (aquele que trocava as pulseiras) e tênis All Star (de todas as cores imagináveis).

Anos 1990


Até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciou a moda. Foram lançados, jeans coloridos e blusas segunda-pele, que colocaram a lingerie em evidência. Isso alavancou a moda íntima, que criou peças para serem usadas à mostra, como novos materiais e cores.


Essa é uma década marcada pela diversidade de estilos que convivem harmoniosamente, a moda seguiu cada uma dessas tendências, produzindo peças para cada tipo de consumidor e para todas as ocasiões. Entretanto, vale a pena ressaltar o Grunge, que impulsionado pelo rock, influenciou a moda e o comportamento dos adolescentes com seu estilo despojado de calças/ bermudões largos e camisas xadrez da região de Seattle, berço destes músicos. A camisa xadrez foi uma verdadeira coqueluche presente mesmo nos armários dos rapazes mais tradicionais, os mauricinhos.


Nesse século que viu passar guerras, modismos, ápices, quedas e crises, surgiu uma consciência de se resguardar para o futuro. A preocupação ecológica ganhou status e as propagandas passaram a agregar esses valores a seus produtos, de forma a atingir os consumidores que buscavam muito mais do que preços e novidades. Na segunda metade da década, a moda passou a buscar referências nas décadas anteriores, fazendo releituras dos anos 60 (cores claras, tiaras) e em seguida dos 70 (plataformas em tamancos e modelos fechados, geralmente desproporcionais), tudo mesclado à modismos dos anos correntes.


No Brasil há muito mais preocupação com a individualidade, em sentir-se bem: uma sandália, uma bolsa de palha, uma água-de-colônia, um batom, uma gíria nos lábios... A sensualidade torna-se mais ardilosa, insinuada, armadilhas para o olhar, aas cores, tons vibrantes: rosas declarados, amarelos impulsivos, azuis profundos, coisa bem Brasil. Uma década recheada de grandes bandas, drogas, fama, brigas, belos shows, polêmicas e claro muito rock and roll estampado em várias revistas do mundo todo e que contaminava toda uma geração faminta por sensações que exploram o comportamento de forma sincera, direta e “distorcida”.


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